St Vincent
Diretor: Theodore Melfi
Diretor: Theodore Melfi
"Maggie (Melissa Mcarthy) acaba de se divorciar. Ela e o filho de 12 anos se mudam. Um vizinho, St. Vincent De Van Nuys (Bill Murray), se aproxima deles e se oferece para cuidar do menino. Depois de hesitar, Maggie aceita, pois é enfermeira e faz plantões de madrugada. Uma grande amizade nasce entre o menino e o veterano de guerra, Vincent. Apesar de ele não ser a pessoa mais indicada para cuidar de uma criança, essa amizade faz muito bem ao menino." (AdoroCinema)
Guiado pela fórmula infalível da amizade oriunda do contraste, St. Vincente me surpreendeu principalmente por não ser tão previsível em seu enredo. Nada nos é apresentado explicitamente no início, gerando detalhes que necessitam ser observados ao decorrer do filme, que por sua vez não se resume cem porcento na categoria comédia. Embora seja recheado de piadas originais, o longa também possui sua carga dramática (me fez chorar), reservada para o final, após o espectador criar uma relação afetiva com os personagens.
Bill Murray aparece impecável, fazendo o tipo "amavelmente odiado" que normalmente arranca simpatia do público. Naomi Watts, quase irreconhecível com cabelo rosa desbotado, maquiagem de gosto duvidoso e um sotaque estranho (provavelmente eslavo) aparece interpretando uma stripper grávida que seria provavelmente a única amiga de Vincent, antes da família de Oliver se mudar para a casa ao lado. Com a chegada do garoto e sua mãe, Vincent tem sua tranquilidade instantaneamente perturbada, mas não nega ajuda ao garoto quando esse se encontra trancado para fora de casa após o primeiro dia de aula.
A partir de então, o enredo se desloca para um duplo ponto de vista, entre Oliver e Vincent, enquanto o velho arrasta o garoto para seus "afazeres" cotidianos, incluindo apostas num hipódromo e bares frequentados tarde da noite. Depois de um certo ponto de exposição da vida errônea do vizinho, a trama se volta para o lado mais humano de Vincent, visto que ele visita sua esposa no asilo toda semana, mesmo que ela não se lembre dele, e grande parte do dinheiro ganhado na aposta foi para uma poupança para seu neto (o que na minha opinião foi uma informação insatisfatória, pois em nenhum momento nos é apresentada a família de Vincent).
Com uma trilha sonora no mínimo empolgante, St. Vincent é aquele filme que qualquer um torce para não terminar (falando nisso, existe uma mini cena durante os créditos, com Bill Murray cantando Bob Dylan!), não me atrevo a dizer que seja um blockbuster (se é que tem como classificar algum filme completamente), mas talvez eu me atreva sim a dizer que o longa agradaria desde os leigos até os mais chatinhos.



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