domingo, 4 de janeiro de 2015

Jogos Vorazes: A Esperança (Parte 1) (2014)

The Hunger Games: Mockingjay (Part 1)
Diretor: Francis Lawrence
123 min


*Avisando que terão spoilers dos filmes anteriores da trilogia*

Não vou considerar aqui a minha opinião de leitor da saga, somente de espectador dos outros dois filmes da saga e, obviamente, desse último.

Então vamos lá.

Depois do final "mindblowing" de "Em Chamas", os espectadores estão sedentos por respostas de perguntas criadas no filme. "O que aconteceu no Distrito 12? Cadê o Peeta? Quais serão as providências tomadas pela Capital após a atitude rebeldes dos aliados da arena?" São perguntas bem recorrentes a qualquer um que assistiu ao segundo filme. A primeira parte de Mockingjay responde a todas essas perguntas, sem gastar muito tempo, o que é um ponto positivo. "Não satisfeito", ele cria várias outras perguntas, o que faz o espectador nem piscar o olho durante toda a experiência de assistir o filme. A revolução começada no final do filme passado avança em níveis irrefreáveis, e perde o controle. Logo, a resposta da Capital às ações dos rebeldes do Distrito 13 também se torna cada vez mais agressivas. E nisso se resume o filme, uma série de reações em cadeia da Capital e do Distrito 13, que pode, para alguns, se tornar meio enfadonha, mas que não me incomodou.

A maioria das atrações aqui estão ótimas. Jennifer Lawrence nos surpreendeu mais uma vez, com uma atuação mais profunda do que nos outros dois filmes, e até mesmo o Josh Hutscherson, que estava bem fraco nos dois outros filmes, mostrou um salto enorme ao longo do filme. E não tem como não falar do
Phillip Symour Hoffman, que deu um show de atuação em seu último trabalho. O personagem que teria tudo pra ser hiper caricato, foi interpretado de uma maneira minimalista e bem dosada. É importantíssimo dar destaque à esse ator. O problema todo se concentra, principalmente, em dois atores: Liam Hermsworth (que me recuso a comentar o motivo) e Julianne Moore, infelizmente, que traz uma interpretação fria e restrita a olhares e expressões faciais recicladas durante o filme.

E é impossível falar de Mockingjay - Part 1 sem comentar sobre o final. Calma, nada de spoiler, mas há um "puxão de orelha" a fazer no diretor Francis Lawrence, que estava indo até bem. Quando o filme atinge seu Clímax, pelo fato de se tratar da primeira parte de um filme, de uma única história, ao invés de termos o corte perfeito e sermos dirigidos para o fim do filme, temos uma extensão de mais uns cinco ou seis minutos, que explica o clímax do filme. Ou seja, completamente desnecessário. Pode parecer irrelevante, mas acredite, é extremamente frustrante. O filme não dá nenhum gancho para a parte dois do filme. E isso é problema, ao meu ver.



Mockingjay - Part 1 é um filme que retrata muito bem o lado político de uma revolução, com poucas cenas de ação frenética, mas que realmente não fazem tanta falta assim. Um bom filme (nada muito comparável a Em Chamas, que, até agora, é o melhor filme da saga), que peca em alguns aspectos, mas nos deixa ansiosos para o final épico da saga revolucionária de Katniss Everdeen.

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