Diretor: Fernando Coimbra
100 min
Sinopse: O desaparecimento de uma criança faz com que seus pais, Bernardo (Milhem
Cortaz) e Sylvia (Fabiula Nascimento), vão até uma delegacia. O caso
fica a cargo do delegado (Juliano Cazarré), que resolve interrogá-los
separadamente. Logo descobre que Bernardo mantinha uma amante, Rosa
(Leandra Leal), que é levada à delegacia para averiguações. A partir de
depoimentos do trio, o delegado descobre uma rede de mentiras, amor,
vingança e ciúmes envolvendo o trio. (AdoroCinema)
Anteontem, dia 3 de janeiro, li que a ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) considerou Boyhood como o melhor filme do ano, o que foi justíssimo. Além disso, consideraram o filme O Lobo Atrás da Porta como melhor filme de 2014.
E eles não podiam estar mais errados.
A primeira hora do filme é bem envolvente. Temos uma criança desaparecida e queremos saber aonde ela está. Temos um casal preocupado com sua filha e uma suspeita. Este tipo de trama sempre dá certo, é sempre muito interessante, mesmo sendo um pouco clichê. O que dará o mérito do filme é como ele irá desenvolver tal situação, e é aí que nasce o problema.
Esse filme é o pior exemplo de edição que eu já vi. Repetindo, geralmente as pessoas não falam sobre a edição de um filme nas suas críticas, apesar de ser um fator muito importante para análise do mesmo. É a edição que vai ditar se o filme é arrastado ou agitado, e em algumas vezes, coeso ou não. Mas nesse filme o problema é outro. Aqui temos um problema sério: as cenas as cenas boas nos momentos errados. Isso é uma combinação de um roteiro ruim com uma edição ruim. É papel do editor interferir nisso, e parece que aqui ele não o fez. E o roteiro também errou feio ao fazer um filme bastante previsível (bastante mesmo!). Me bastou assistir ao trailer para desvendar a conclusão do filme.
Se tem algo que deve ser relevado em relação à obra, são as atuações. O elenco todo está muito competente. O trio principal, composto de Milhem
Cortaz, Fabiula Nascimento e Leandra Leal, está muito bem, mas quem rouba as cenas aqui é Juliano Cazarré, que interpreta o delegado do caso, mas que foi mal aproveitado. O som do filme também é bem interessante, que mescla muito bem os sons do ambiente da cena com os diálogos.
Não tem como, minha gente. O filme é ruim mesmo. O roteiro é ruim, a trilha sonora não se aplica, a edição é errada... pelo menos as atuações são boas....
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