Diretor: Woody Allen
Stanley (Colin Firth), um falso mágico com talento para desmascarar
charlatões, é contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie (Emma
Stone), simpática jovem que afirma ser médium. Inicialmente cético, ele
aos poucos começa a duvidar de suas certezas e se vê cada vez mais
encantado pela moça. (AdoroCinema)
E (ano passado) chegou às telonas Magia ao Luar, mais um filme do clássico diretor Woody Allen, bastante conhecido por filmes bem humanos, belas fotografias, predominância de cenários externos, ótimas interpretações e várias sequencias de diálogos. E aqui não é nada diferente.

Colin Firth e Emma Stone interpretam Stanley e Sophie, um casal bem antagônico. Ele é bem cético, com opiniões bem fechadas de tudo e de todos, e não tem nenhuma intenção de abrir sua mente para novas ideias. Já ela é bem espiritualista e acredita ser uma interlocutora de outros mundo, contactar com pessoas que já morreram e saber, misteriosamente, detalhes de qualquer pessoa apenas com um olhar. Os dois atores estão extremamente competentes, com papéis que realmente não são fáceis de interpretar. Mesmo tal fato não sendo uma surpresa, é sempre bom ver uma obra bem interpretada e muito bem escrita, que trouxe profundidade não só aos protagonistas, mas também a grande maioria dos coadjuvantes, faltando apenas um destaque maior ao personagem Brice (Hamish Linklater), mas nada que prejudique a qualidade da obra.

Magia ao Luar levanta questões interessantes a respeito de o que cada um pensa sobre misticismo e magia. Um filme bom, como já estão acostumados os fãs do diretor. O meu único receio é que esse costume acabe virando algo cíclico, repetitivo e, logo, algo frustrante. Woody Allen vem lançando um filme por ano desde 2002, o que pode (ou não) influenciar na qualidade de seus filmes futuros. O diretor tem um filme previsto para estrear ainda este ano, protagonizado por Emma Stone e Joaquin Phoenix, que se chamará Irrational Man e um projeto para um seriado de TV, ainda sem título, para 2016. Fica aí a dúvida: será que Woody Allen ainda tem seu controle de qualidade tão afiado como era antes, ou já está apelando pra uma fórmula para o resto de suas obras sem se preocupar em arriscar novos caminhos e fazer algo novo?
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